18 de dez. de 2014

Se são só 4% de desempregados, por que seguro-desemprego virou vilão?

A poucos dias um ministro ou ex-ministro andou insinuando que existe um tipo de combinação entre empregado e empregador para burlar o seguro-desemprego, isso é má fé de políticos saírem usando isso para querer culpar empresas e trabalhadores pelo 'estouro' de gastos do seguro, quando na verdade, maior culpado é o governo que, entre outras coisas, não investiu o suficiente em educação e formação. Não se espante se esse governo petista criar empecilhos para o seguro-desemprego e culpar empresas, pois, tática parecida já é usada num país vizinho, e quebrado.

Se emprego é recorde, por que o seguro-desemprego explodiu?

Entre 2003 e 2014, a taxa de desemprego no país caiu de 12,3% para 4,7%. No mesmo período, o gasto com seguro-desemprego foi de R$ 6,6 bilhões para mais de R$ 35 bilhões por ano (cerca de 0,5% do PIB).

De acordo com especialistas ouvidos por EXAME.com, três fatores explicam esse processo: formalização, aumento do salário mínimo e rotatividade.
Fonte:
João Pedro Caleiro - Exame
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Formalização, não significa mais empregos, mas sim empregos com 'carteira assinada' ou pessoas contribuindo com INSS.
Rotatividade, no caso é a demissão/admissão de funcionários de empresas, ou seja, tanto aumentando ou diminuindo essa 'troca de empregados', sempre estará rodando, mas, houve aumento significativo no Brasil, e com isso, muitas pessoas sendo demitidas e muito seguro-desemprego sendo solicitado.

Se para o governo, que arrecada bilhões com nossos 40% de impostos, está difícil manter a política da "igualdade salarial", ou ganho do salário mínimo, imagine para empresas, que além de tudo, pagam aproximadamente um funcionário extra em "impostos e taxas".

Wikipedia.org...
A valorização de salário mínimo(ganho salarial) deve estar ligado ao que um país produz, se produz algo de alto valor de mercado, como produtos de tecnologia ou inovadores, aí poderíamos querer ter salários altos como países de 1º mundo, mas, temos que encarar o fato, o Brasil não investiu bem em educação, formação, tecnologia. Quando o preço de muito do que o Brasil exporta estava em alta, que ocorreu nos últimos 12 ou 14 anos, e que na 'maioria' eram produtos não industrializados e nem mesmo tecnológicos, aí, estávamos bem, mas, agora que o preço desses produtos estão em queda, nossa qualidade de vida cairá com ele, e, o governo não aproveitou o bom momento para se precaver e preparar nosso futuro, investiu insuficientemente em infraestrutura, não investiu muito em tecnologia, nem em nossa indústria, nem em educação ou formação, mas, investiu muito no poder de seu partido, no aparelhamento de setores públicos, em propaganda mentirosa e na corrupção que encheu os bolsos de seus aliados. Agora, pagaremos o preço disso, a partir de 2015, nosso quadro pode piorar ainda mais. "Deixamos o Brasil na mão da cigarra e não da formiga".
Na eleição de 2014 Lula discursava, "O futuro é agora", só que na verdade, o futuro a gente faz agora, fez ontem, e 2015, vamos ter o fruto do que o governo petista fez hoje e ontem, e o que deixou de fazer.

Ligação entre ganho salarial e rotatividade de funcionários

Uma das causas da rotatividade alta é a falta de formação do trabalhador diante de muitos fatores, principalmente inovação.
Outra causa, o ganho salarial, ou seja, hoje uma empresa precisa pagar mais pelo funcionário, e, para isso logicamente que a produtividade terá que aumentar, a empresa vai investir cada vez mais em novas tecnologias, assim será necessário funcionários que estejam qualificados para tal, a empresa tentará qualificar alguns quando possível, mas demitirá os não adaptados e empregará novos trabalhadores, irá testá-los, alguns não se adaptam e são substituídos, já aumenta a rotatividade.
O salário mínimo teve ganho maior que inflação, o que a empresa produz não teve um aumento igual ao salário, para se manter, a empresa precisará de funcionários mais produtivos, e fará o possível para encontrá-los, e isso também aumenta a rotatividade, pois a empresa terá que demitir aqueles que não alcançaram a produtividade e mesmo substituir aqueles que tornam-se menos produtivos após certo tempo.
Por fim, torna-se mais fácil conseguir novo emprego, pois essa rotatividade criou a sensação de muitos empregos, que na verdade são forçadamente 'temporários' pela situação criada por um ganho salarial e pela inovação, o empregado vê a facilidade de ter novo emprego e assim não se preocupa em manter o emprego, quando está um pouco insatisfeito torna-se menos produtivo, e, isso força a empresa a demiti-lo, algo que ele nem se preocupa que ocorra, pois ele sabe que em seguida outra empresa irá empregá-lo(testá-lo).

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